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Sofrimento infantil não deveria ser tendência. Mas é.

Reprodução: Wix
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Toda semana aparece uma trend nova que, de alguma forma, envolve humilhar uma criança. A da vez diz:

“por trás de toda criança obediente tem uma mãe jurando quebrar os dentes dela.”

Essas trends sempre me intrigam, mas o que mais me choca é o orgulho com que muita gente fala algo que, na real, é abominável. Claro que tem a questão do engajamento, do tal rage bait (o “clique do ódio”, posso até falar mais disso em outro post). Mas acho que vai além: a necessidade de validar atitudes que a pessoa sabe, no fundo, que são erradas.


Sejamos honestas: fazemos isso o tempo todo! Procuramos validação das amigas pra algo que já sabemos que é questionável, só pra conseguir fazer sem tanta culpa.


E por mais triste que seja, a realidade é essa: maltratar crianças ainda é visto como algo “aceitável”, até divertido, porque elas são vulneráveis o suficiente pra que não consigam se opor ou impedir.


Imagino que quem está lendo também se revolte com isso. Então, a pergunta que fica é:

O que eu faço quando me sinto impotente vendo essa cena se repetir diante dos meus olhos?

Existem vários caminhos:


  • Podemos deixar a raiva falar mais alto e comentar nesses conteúdos com indignação (desde que sem desrespeito, tá tudo certo).

  • Podemos escolher ignorar e focar no que realmente dá pra fazer: proteger as crianças que estão próximas.

  • Podemos tentar conscientizar (eu mesma comecei a criar conteúdo por isso, pra canalizar esse senso de justiça que eu não sabia bem como expressar).


Mas acho que existe algo universal que todos nós deveríamos assumir:

Deixar claro, sempre, que não compactuamos com ideias que inferiorizam crianças.

Eu espero que, ao entrar nas minhas redes sociais, todo mundo perceba que eu sou protetora da infância.


Eu espero que meus familiares pensem: “nem vou comentar isso com a Rebeca, porque ela não concorda.”


Eu espero que meus amigos se perguntem: “talvez eu também devesse me posicionar contra o maltrato infantil.”


E tudo isso só é possível se eu usar minha voz de forma assertiva.


💬 Há espaço e necessidade para vozes indignadas.

💬 Há espaço e necessidade para vozes que informam.

💬 Há espaço e necessidade para vozes que acolhem sem passar pano.

💬 Há espaço e necessidade para vozes que convidam à reflexão.



O que cada um de nós precisa decidir é:

Qual é a minha voz — e como vou usá-la?

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