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As minhas expectativas pertencem somente à mim.


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A festa junina da escola do Bê foi no último sábado. E foi tudo lindo, mas o momento da apresentação me trouxe muitas reflexões.


No Dia das Mães, ele fez uma apresentação cheia de entusiasmo, se entregando totalmente à música e à dança. Na festa junina, parte de mim esperava essa mesma experiência do “meu filho animado que ama se apresentar”. E, como uma mãe consciente sempre precisa, levei um choque de realidade ao ver meu filho bem mais reservado na apresentação.


Durante os longos 7 minutos no palco, pensei em mil justificativas para essa versão menos animada dele: "talvez ele não goste da música", "talvez preferisse dançar perto da melhor amiga", "talvez estivesse cheio demais ali e isso o deixou acanhado."


Mas, graças à consciência que venho desenvolvendo nos últimos tempos, me deu um estalo:


Por que preciso justificar algo que não representa um problema? Por que quero resolver algo que não causa nenhum malefício?


Parte de mim, naquele momento, quase transformou toda a apresentação dele em um momento meu, quando na verdade aquele era o momento dele.



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A forma como ele se apresenta — ou deixa de se apresentar — não representa nada sobre as minhas abordagens como mãe.


Acredito que, se eu tivesse insistido em descobrir o motivo pelo qual ele não correspondeu às expectativas que eu criei sozinha, teria feito muitas perguntas, tentado encontrar formas de garantir que, na próxima vez, ele voltasse a ser “soltinho”. Mas, ao aceitar que não havia um problema, fui “presenteada” com um lindo momento de conexão com ele:





Ao descer do palco, ele me abraçou e disse:


“Mamãe, eu estava com tanta vergonha… que bom que você estava aqui pertinho.”


Fui presenteada com sua confiança em me revelar a própria vulnerabilidade. E que momento poderoso vivemos juntos ali. Eu respondi:


“Obrigada por me contar que estava com vergonha. Você gostou de continuar dançando mesmo assim?”


Porque, mais importante do que eu ter achado lindo, era ele refletir se aquela experiência fez sentido para ele.



A Parentalidade Consciente me tornou mais inteira ao perceber que não preciso que meu filho me entregue satisfações que, na verdade, eu preciso buscar dentro de mim. Isso torna a minha vida mais leve — e a dele, mais autêntica. E isso… não tem preço.

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